Tudo o que eu queria era ter uma borracha. Tantas coisas importantes na vida e o que eu queria mesmo era ter uma borracha. Casas, carros, roupas, jóias, tudo isso tão pouco me serve. Eu queria mesmo era o raio da borracha.
Primeiro apagava as palavras. Começava pelas duras, depois pelas de desconfiança, apagava mesmo aquelas pequenas frases sem importância mas que ficaram escritas algures naquela página a que voltamos inadvertidamente. Sabes qual é? Aquela que quando o livro cai é sempre a que se abre mais facilmente.
Uma a uma apagava as palavras que descrevem o medo, as que contam os segredos escuros, depois as que revelam os tormentos da mente e do coração.
Passava depois para os actos. Apagava todos aqueles que feriram, todos. Não deixava um. Por fim passava para as omissões, daquelas que doem pelo simples facto de o serem, e também as apagava todas.
... Mas sabes? Se o fizesse ficávamos sem a nossa história e com um conto de fadas, melhor, ficávamos com uma mentira. E eu não minto.
Primeiro apagava as palavras. Começava pelas duras, depois pelas de desconfiança, apagava mesmo aquelas pequenas frases sem importância mas que ficaram escritas algures naquela página a que voltamos inadvertidamente. Sabes qual é? Aquela que quando o livro cai é sempre a que se abre mais facilmente.
Uma a uma apagava as palavras que descrevem o medo, as que contam os segredos escuros, depois as que revelam os tormentos da mente e do coração.
Passava depois para os actos. Apagava todos aqueles que feriram, todos. Não deixava um. Por fim passava para as omissões, daquelas que doem pelo simples facto de o serem, e também as apagava todas.
... Mas sabes? Se o fizesse ficávamos sem a nossa história e com um conto de fadas, melhor, ficávamos com uma mentira. E eu não minto.
4 comments:
Somente diz a verdade, né?
Muito bem escrito, Campainha.
:)
Uau!!! Muito Bom!!!
...obrigado pela visita
...um beijinho
Bem, ainda bem que reconsideraste ... já estava a ficar preocupada!
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