Com o repente de uma enxurrada desavisada vomitou, por entre lágrimas e soluços, o aperto que lhe consumia o peito e não lhe saía nas gotas de suor destiladas nas noites de pesadelos em que acordava desesperada gritando.
O peso que a esmagava sobre os ombros, qual pressão atmosférica em dias de nuvens rasteiras, que se repetiam em expoente infinito e a impediam de vislumbrar a esperança para além da tormenta, saía-lhe agora, como se afinal fosse tão simples quanto isso parar de se torturar.
O choro redentor durou um bom quarto de hora sem que conseguisse proferir palavra, após o que, lavados em sal, desfilou um rol de queixumes ressentidos. Era-lhe difícil assumir que não sabia para onde ia. Contudo, prostrava-se agora, sem roupagens, sem guardas ou máscaras, perante aquele a quem nunca dissera ser o amor da sua vida, apesar de o sentir, em todos os seus poros, em cada célula, em cada milímetro da sua pele, em cada inspiração, no mais profundo do seu ser.
O peso que a esmagava sobre os ombros, qual pressão atmosférica em dias de nuvens rasteiras, que se repetiam em expoente infinito e a impediam de vislumbrar a esperança para além da tormenta, saía-lhe agora, como se afinal fosse tão simples quanto isso parar de se torturar.
O choro redentor durou um bom quarto de hora sem que conseguisse proferir palavra, após o que, lavados em sal, desfilou um rol de queixumes ressentidos. Era-lhe difícil assumir que não sabia para onde ia. Contudo, prostrava-se agora, sem roupagens, sem guardas ou máscaras, perante aquele a quem nunca dissera ser o amor da sua vida, apesar de o sentir, em todos os seus poros, em cada célula, em cada milímetro da sua pele, em cada inspiração, no mais profundo do seu ser.
Ele, silencioso, olhava-a com o olhar do amor que é maior do que a própria vida. Seguro, pousou-lhe o braço sobre os ombros e puxou-a para si, o corpo magro de rosto trigueiro, agora transfigurado pelas convulsões. Colou-lhe os lábios na testa vincada pela expressão esgaçada que mantinha ainda e sem os afastar murmurou-lhe em tom doce e tranquilo "amo-te, vai ficar tudo bem". E nesse momento ela soube que sim, que tudo iria ficar bem. Ergueu a face, limpou uma última lágrima que escorria, fixou-o, franca e transparente, respondeu-lhe "és o amor da minha vida".
7 comments:
Lindo, trim trim!
Tantas vezes que já senti isto pela minha tampinha.
Sou, de facto, uma mulher feliz e como gostava que todos os outros fossem.
Num mundo de coisas falsas, contrafeitas e adulteradas o que resta de verdadeiro só pode ser óptimo.
Também te dou um beijo.
É lindo. É o amor verdadeiro.
e concordo com a Gione, também eu sou uma mulher feliz e também gostava que todos fossem.
O amor é lindo.
lalalalla
Love is in the air....
nanananannnana
Bem isto ou é da Primavera ou é do sono...
(...)Definitivamente é do sono :P
LOL
Beijokas*
Ouvir dizer "amo-te", é uma das melhores coisas que a vida tem.
Concordo com o texto, com os comentários, e claro que fico toda derretida quando mo dizem....
.....hum...eu senti um misto de emoções a ler este post....não sie pq mas não conseguir fixar-me num final feliz....
Talvez por já ter ouvido isto antes de um derradeiro (...)....
Jinhos:)
A vida com tudo dentro...
Beijo com miminho dentro.
Infelizmente a minha visão do amor já não é assim tão cor de rosa, mas continuo a ser um romântico e a amar muito a mulher da minha vida :)
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