Há acontecimentos que nos marcam para o resto da vida, sabia-o de ouvir dizer. Uns vinham da fatalidade, outros de actos próprios cometidos deliberada ou inadvertidamente num encontro fortuito com a imprudência.
Tinha para si que a supremacia da correcção e do bom senso é a salvaguarda de qualquer situação eticamente menos confortável. Desconhecia no entanto que as zonas cinzentas têm por vezes o poder de se sobrepor, de nos enrolar e arrastar como ondas furiosas e nos toldar os sentidos, e mais ainda, o discernimento.
Pois que Guilhermina deixou-se levar por uma dessas ondas em tons de cinza e, num atabalhoamento emocional encontrou-se dividida entre o que realmente desejava, as opiniões de terceiros e o moralmente aceite. Para ajudar à festa, os acontecimentos em seu redor precipitaram-se no sentido de a levarem a tomar uma decisão rápida e que ainda mal tinha tido tempo de amadurecer.
O que se seguiu depois foi um chorrilho de tormentos. Guilhermina foi fustigada por uma maré de correntes violentas. Da esquerda e da direita vinham impulsos externos, contraditórios, e que a lançaram num autêntico furacão emocional. Em última instância, olhar em frente representava confrontar-se consigo própria, com os seus medos e sentimentos de culpa.
Tentando equilibrar-se, Guilhermina sentiu uma necessidade irreprimível de se afastar do centro da tormenta. Teve de isolar-se para reflectir. Demorou-se a processar todos os factores e a arrumá-los devidamente. Por fim concluiu que o seu principal erro foi não se ter ouvido a si própria, bem lá no fundo. Saiu deste acontecimento com a sensação de que a sua vida não voltaria a ser a mesma. Não desejara nada daquilo e não poderia prever as consequências, mas tomara decisões. Alimentou um sentimento de culpa que carregaria pelo resto dos seus dias e esmoreceu perante a ideia de que o positivismo da correcção e do bom senso caíra por terra.
Tinha para si que a supremacia da correcção e do bom senso é a salvaguarda de qualquer situação eticamente menos confortável. Desconhecia no entanto que as zonas cinzentas têm por vezes o poder de se sobrepor, de nos enrolar e arrastar como ondas furiosas e nos toldar os sentidos, e mais ainda, o discernimento.
Pois que Guilhermina deixou-se levar por uma dessas ondas em tons de cinza e, num atabalhoamento emocional encontrou-se dividida entre o que realmente desejava, as opiniões de terceiros e o moralmente aceite. Para ajudar à festa, os acontecimentos em seu redor precipitaram-se no sentido de a levarem a tomar uma decisão rápida e que ainda mal tinha tido tempo de amadurecer.
O que se seguiu depois foi um chorrilho de tormentos. Guilhermina foi fustigada por uma maré de correntes violentas. Da esquerda e da direita vinham impulsos externos, contraditórios, e que a lançaram num autêntico furacão emocional. Em última instância, olhar em frente representava confrontar-se consigo própria, com os seus medos e sentimentos de culpa.
Tentando equilibrar-se, Guilhermina sentiu uma necessidade irreprimível de se afastar do centro da tormenta. Teve de isolar-se para reflectir. Demorou-se a processar todos os factores e a arrumá-los devidamente. Por fim concluiu que o seu principal erro foi não se ter ouvido a si própria, bem lá no fundo. Saiu deste acontecimento com a sensação de que a sua vida não voltaria a ser a mesma. Não desejara nada daquilo e não poderia prever as consequências, mas tomara decisões. Alimentou um sentimento de culpa que carregaria pelo resto dos seus dias e esmoreceu perante a ideia de que o positivismo da correcção e do bom senso caíra por terra.
2 comments:
Muitas vezes da escuridão nasce a força e a capacidade de nos renovarmos;
Nunca se deve decidir pelos pensamentos dos outros... se houver divisões no nosso pensamento ou nas nossas decisões devem ser provocados pelos nossos próprios sentimentos, pelas nossas dúvidas... devemos ser sempre fieis aquilo em que acreditamos, ao nosso coração, independentemente se as nossas decisões, ou o nosso caminho nos leve contra tudo e contra todos... e ao tomarmos uma decisão, não nos devemos sentir culpados, seja qual for resultado... as consequências das nossas decisões devem ser encaradas como uma lição e não como uma culpa que pode no futuro impedir a nossa felicidade...
Post a Comment