- Não gostas das minhas opiniões porque te incomodam. – Disse ela após soprar furiosamente o fumo do cigarro que havia inalado.
- Não me incomodam minimamente. Sou como sou e quem não gostar, paciência! - Respondeu-lhe ele numa atitude infantil que assumia sempre que sentia necessidade de se defender.
- Paciência o caraças! – Atirou-lhe ela – As atitudes que tomas e as coisas que dizes afectam as pessoas que te cercam e que, para tua informação, gostam de ti e se preocupam contigo. Achas que podes viver isolado, do alto da tua arrogância? Olha à tua volta, olha para mim. Se eu estou aqui é porque sou uma dessas pessoas! Por isso não digas que “quem não gostar, paciência” ou estás-te a borrifar para aquilo que eu sinto?
Com um trejeito de irritação ele encolheu os ombros e atirou o rosto para o lado. Voltando a fixá-la, com um brilho de fúria a instalar-se-lhe no olhar encimado pelo sobrolho carregado, respondeu – Mas quem é que disse que eu me estou a borrifar para aquilo que tu sentes?
- Tu! Retorquiu ela.
- Eu?
- Sim, tu. “Sou como sou e quem não gostar, paciência” para mim isso significa que te estás a borrifar para o facto de eu gostar ou não das tuas atitudes!
Ele pegou no maço de tabaco de onde retirou mais um cigarro que acendeu nervosamente.
- Tu tens direito às tuas opiniões, mas eu tenho o direito de discordar delas. O que tu querias era que eu concordasse com tudo aquilo que tu dizes. Se assim fosse não haveria discussões. Acontece que se eu tenho determinadas atitudes é porque sou assim, ponto final. Não tenho de ser simpático ou aturar fretes para agradar aos outros.
- “É porque sou assim ponto final” o que é que isso significa? Que mesmo quando ages mal não queres saber das consequências que os teus actos têm nos outros é? – A irritação dela subia de tal maneira de tom que os seus cabelos já se encontravam em desalinho, de tantas vezes lhes mexer com as mãos.
- Epá, não há paciência! Mas estás armada em quê? Agora vais-me dizer que tenho que explicar e destrinçar cada palavra que digo, não?
- Bem podias! É que se pensasses bem antes de falar talvez te saísse um discurso mais fundamentado. Sabes que não tens razão, por isso só me atiras com retóricas e evasivas.
Ele cruzou os braços numa atitude de impotência – Não vale a pena, não se pode conversar contigo.
Perdendo finalmente a compostura e ouvindo o seu próprio tom de voz elevar-se involuntariamente ela gritou-lhe – Conversar? Conversar? Pois agora não me apetece mais conversar... e quem não gostar, paciência!
- Não me incomodam minimamente. Sou como sou e quem não gostar, paciência! - Respondeu-lhe ele numa atitude infantil que assumia sempre que sentia necessidade de se defender.
- Paciência o caraças! – Atirou-lhe ela – As atitudes que tomas e as coisas que dizes afectam as pessoas que te cercam e que, para tua informação, gostam de ti e se preocupam contigo. Achas que podes viver isolado, do alto da tua arrogância? Olha à tua volta, olha para mim. Se eu estou aqui é porque sou uma dessas pessoas! Por isso não digas que “quem não gostar, paciência” ou estás-te a borrifar para aquilo que eu sinto?
Com um trejeito de irritação ele encolheu os ombros e atirou o rosto para o lado. Voltando a fixá-la, com um brilho de fúria a instalar-se-lhe no olhar encimado pelo sobrolho carregado, respondeu – Mas quem é que disse que eu me estou a borrifar para aquilo que tu sentes?
- Tu! Retorquiu ela.
- Eu?
- Sim, tu. “Sou como sou e quem não gostar, paciência” para mim isso significa que te estás a borrifar para o facto de eu gostar ou não das tuas atitudes!
Ele pegou no maço de tabaco de onde retirou mais um cigarro que acendeu nervosamente.
- Tu tens direito às tuas opiniões, mas eu tenho o direito de discordar delas. O que tu querias era que eu concordasse com tudo aquilo que tu dizes. Se assim fosse não haveria discussões. Acontece que se eu tenho determinadas atitudes é porque sou assim, ponto final. Não tenho de ser simpático ou aturar fretes para agradar aos outros.
- “É porque sou assim ponto final” o que é que isso significa? Que mesmo quando ages mal não queres saber das consequências que os teus actos têm nos outros é? – A irritação dela subia de tal maneira de tom que os seus cabelos já se encontravam em desalinho, de tantas vezes lhes mexer com as mãos.
- Epá, não há paciência! Mas estás armada em quê? Agora vais-me dizer que tenho que explicar e destrinçar cada palavra que digo, não?
- Bem podias! É que se pensasses bem antes de falar talvez te saísse um discurso mais fundamentado. Sabes que não tens razão, por isso só me atiras com retóricas e evasivas.
Ele cruzou os braços numa atitude de impotência – Não vale a pena, não se pode conversar contigo.
Perdendo finalmente a compostura e ouvindo o seu próprio tom de voz elevar-se involuntariamente ela gritou-lhe – Conversar? Conversar? Pois agora não me apetece mais conversar... e quem não gostar, paciência!